Em maio de 2003 comecei a entender como estabilizar meu serviço ao CoDA é parte importante da minha vida. Precisando de toda a estabilidade que pudesse obter, este entendimento levou-me, posteriormente, a assumir o encargo de coordenador do Comitê de Divulgação.
Quando ingressei no CoDA, estava em crise pessoal e não era capaz de assumir e prestar nenhum serviço de qualidade. Minha história inclui o envolvimento desordenado e excessivo em serviços comunitários. Sem capacidade de me impor limites sadios, meus excessos estavam me esgotando totalmente, sentindo-me sempre cansado e ressentido. De alguma forma eu sabia que não deveria seguir o mesmo caminho em CoDA, então resisti à vontade de me voluntariar ao serviço apenas porque ninguém mais se dispunha a isso. Não me dispuz a resgatar a irmandade de CoDA.
Pratiquei meus Passos num ritmo totalmente imperfeito, mas minha vida começou a ficar muito melhor. Lentamente fui adquirindo um novo nível de consciência sobre o serviço.
Meu primeiro serviço oficial em CoDA foi organizar a lista de telefones para o meu grupo das quartas-feiras. O segundo serviço foi coordenar reuniões. Nas reuniões que eu participo, coordenar é um trabalho de uma só vez, não mensal, nem por tempo determinado. Olhando para trás vejo que prestei serviço de formas não-oficiais pela minha simpatia com os recém-chegados e ajudando a arrumar ou recolher as cadeiras da sala.
Após três anos de recuperação em CoDA, voluntariei-me a um encargo de um ano, como representante regional do nosso recém-formado intergrupo regional e, ao mesmo tempo, a nível nacional como um membro do Comitê da Divulgação.
Quando, na primavera de 2003, a minha vida pessoal sofreu um novo e grande solavanco, as repercussões foram diferentes, em grande parte devido aos serviços que prestava no Comitê de Divulgação e no meu intergrupo regional. Com certeza ainda continuo sendo um co-dependente, com dificuldades de estabelecer e manter limites saudáveis e com meus defeitos de caráter, mas essas lutas e defeitos não são tão horríveis como outrora. Atribuo isso não só à prática de um programa de recuperação em CoDA, mas, em grande parte, a praticar um programa de recuperação que inclui uma quantidade substancial de serviço.
Muito estudo das Doze Tradições e de literaturas do CoDA ajudaram-me ao longo do caminho a ter mais equilíbrio no serviço que presto. Também acho que oração e meditação (praticando o Passo Onze) tenha sido parte integrante da minha estabilidade e recuperação com relação ao serviço.
Depois de um ano prestando serviço como representante regional, entreguei meu encargo. Até o momento, ninguém se voluntariou para aquele encargo. Estou triste por esta necessidade não atendida, mas sei que mesmo em CoDA, não devo assumir tudo sozinho. Só posso fazer o que meu Poder Superior me chama a fazer. Nem sempre aprecio o que meu Poder Superior me chama a fazer, mas posso quase sempre ver as bençãos e benefícios de atender às suas chamadas.
Esse texto é tradução de uma contribuição de um membro CoDA ao site do CoDA mundial.